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RELIGIÕES NA CRACOLÂNDIA

Deslocada recentemente para a região central de São Paulo, a Cracolândia se concentra em apenas um quarteirão com aproximadamente cem metros de extensão. A região é pequena perante o tamanho do estrago que ela provoca em inúmeras vidas. 

 

Nos últimos quase trinta anos, ela já esteve em onze lugares diferentes. Essas mudanças aconteceram devido às operações policiais que foram modificando e empurrando o fluxo para outras partes da cidade.

A última modificação ocorreu no dia 21 de maio deste ano, quando mais de novecentos agentes das polícias Civil e Militar iniciaram uma grande operação na região. Embaixo de chuva, a movimentação policial iniciou pela manhã, bem cedo, e contou com diversos atiradores de elite, tornando a situação bem próxima à de um cenário de guerra. 

 

 

Dependentes químicos, sem-teto, moradores e militantes dos direitos humanos foram obrigados a se retirar do local, dando espaço às escavadeiras e caminhões de limpeza que foram recolhendo todo o tipo de objeto que permanecia na rua - documentos, roupas, barracas, móveis e até imóveis, que chegaram a ser lacrados ou  demolidos. De acordo com as pessoas que viviam na região, tudo aconteceu de surpresa, sem nenhuma notificação prévia.

No dia, o prefeito de São Paulo, João Dória, deu diversas entrevistas aos veículos jornalísticos presentes afirmando que a Cracolândia havia chegado ao fim.

Daniel Mello, um dos militantes da Craco Resiste, movimento contra a violência policial na Cracolândia, que também esteve no local,  conta que o objetivo dessa megaoperação foi acabar de vez com o fluxo. 

Entidades que abrem suas portas para o fluxo

Operação Cracolandia

Operação Cracolandia

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